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SÉRIE 1 - #2

09out2021 08h14

Deriva em um mundo desmedido

O episódio de estreia de Um Rádio na Paisagem foi ao ar na semana passada. A partir de agora, vocês podem conferir o segundo episódio, que já está disponível! Escolha sua plataforma de preferência e ouça Deriva em um mundo desmedido.

Redação: Priscila Maia

Um Rádio na Paisagem é um podcast de conversas sobre arte, natureza e poéticas espaciais, conduzido pelo coreógrafo Gustavo Ciríaco. Esta série é produzida pela Dos Voos e realizada pelo SESC São Paulo. Seus dois primeiros episódios fazem parte da programação da Bienal Sesc de Dança 2021.


A conversa do episódio Deriva em um mundo desmedido é com o carioca João Saldanha. Bailarino desde a infância, tornar-se coreógrafo foi um movimento natural para a sua sensibilidade. Considera ter sido uma criança insurreta, mais afeita ao risco que à certeza. Fazer parte de uma geração de bailarinos que se preocupava com o virtuosismo técnico ajudou João a disciplinar sua rebeldia. "A dança me trouxe possibilidades mais concretas de comunicação. Ela me obrigou a ter disciplina".

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Ensaio de Núcleos (2011), dentro de um penetrável do Hélio Oiticica, no Museu do Açude (RJ) | Bailarinos: Ana Paula Marques, Maria Alice Poppe, Olívia Secchin, Tiago Sancho | Foto: Renato Mangolin

Arquitetura modernista​

Entre as décadas de 30 e 50, o Brasil viveu o apogeu do movimento modernista na arquitetura. Arquitetos como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Gregori Warchavchik, e os Irmãos Roberto despontavam com sua obras públicas marcadas pelo racionalismo e pela experimentação. No Rio, Roberto Burle Marx também instaurou paradigmas. Europeus e norte-americanos usavam os mesmos materiais - aço, vidro e concreto armado -, mas no país, os visionários da urbe criaram seus próprios valores, adaptados à realidade cultural do país.

 

Movidos pelo apetite antropofágico pós Semana de Arte Moderna (1922), imaginaram as cidades como espaços de encontro do povo, redimidas da segregação que sangrou a nossa história colonial. Um desejo utópico se materializou em projetos permeáveis às pessoas e ao sol, usando o conceito dos pilotis, e a vedação do edifício com cortinas de vidro, para minimizar a incidência direta de luz solar.

 

Arejadas, as construções traziam térreos, rampas, curvas e planos suspensos em seus desenhos. Era tendência projetar as janelas em fita, com vidraças amplas e horizontais, um dos cinco pontos fundamentais que Le Corbusier definiu para a arquitetura moderna.

Esse tipo de janela foi primeiro imaginado na Bauhaus, primeira escola de arte e design do mundo, onde se forjou a premissa da arquitetura reprodutível. Ideias como simplificação de volumes, predomínio de linhas retas e geometrização das formas eram aplicadas na prática, através de um currículo escolar unificado. Antes ensinadas em cursos específicos, as artes estavam ali reunidas em um único propósito. Dança, teatro, música, design, arquitetura, construção civil, tecelagem e cerâmica. Um aluno da Bauhaus ia para o atelier - ou salas de prática, conceito também bauhausiano - e aprendia a imaginar todas as esferas da vida urbana, da colher ao telhado de uma casa. 

Fizemos uma coletânea de filmes, reportagens e aulas sobre a escola. Confira aqui a lista e delicie-se. 

Passeios de bicicleta

Nascido em 1959, João cresceu em uma Copacabana que já não existe mais. Prédios sem grades e a relativa presença de carros permitiam que as crianças circulassem pelas ruas sem tanta preocupação para os adultos. A brincadeira preferida de João era andar de bicicleta pelo bairro. Gostava de dirigir com as pernas esticadas e o quadril suspenso - ou com as mãos totalmente livres do volante, buscando o eixo, que oscilava em um dinâmico equilíbrio. "Isso passou a ser um desafio pra mim".

Na adolescência, desafiar-se envolvia andar entre os carros, não mais nas calçadas e sim nas ruas, movimentadas por conta do crescente comércio varejista. A experiência dos passeios de bicicleta convivia com a dança: aventurar-se pelos prédios modernistas se assemelhava a criar percursos. "O flanar, o andar de bicicleta, me tirou esse medinho que a gente constrói muito, por aqui, pelo Brasil".

Lina Bo Bardi, durante a construção do Masp, nos anos 60 | Foto: Acervo Masp

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João com oito anos (1967) | Sua bicicleta Monark | Fotos: Ruth Villara Viotti

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Art déco

 

No início dos anos 60, a arquitetura carioca se deixou levar pelo nativismo do art déco, e os prédios começaram a homenagear o mar, a natureza e as mitologias milenares. Tiveram seu papel os europeus Joseph Gire e Le Corbusier, influenciando as escolhas locais, em um período que o número de arranha-céus explodiu. Gire ampliou as possibilidades do uso do concreto armado, acelerando a verticalização no Centro e na zona sul da cidade. 

 

Gire também favoreceu a inclinação dos prédios em direção ao mar, o que antecipou a duplicação da pista da Avenida Atlântica, cuja obra durou de 69 a 71. O projeto também serviu para que fosse instalado um interceptor oceânico, convertendo-se na maior obra de saneamento básico da cidade. Burle Marx desenhou os mosaicos do calçadão - em alusão à Praça do Rossio lisboeta - para que fossem visto do alto. Aumentou as curvas, criando o efeito que hoje é cartão-postal do Rio.

Na marca dos 3'48'', João relembra o impacto que o traços de art déco tiveram na sua história. "A arquitetura se apresenta pela curiosidade estética". As portarias com luminárias suntuosas, os brises-soleil, cobogós e as "fachadas muito calorosas em madeira e veneziana" impressionavam João, sem que ele mesmo percebesse que aqueles passeios já estavam formando sua corporeidade. "Aquilo realmente me chamava muita atenção. Eu só não entendia de fato que era um olhar - vamos dizer assim, urbano -, de uma criança pra uma forma de expressão criativa, estética e imaginativa". 

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Obra de alargamento da Av. Atlântica (1969) | Foto: Agenda Bafafá Rio

Estados de risco

Avançar inclinado. Experimentar o desequilíbrio. A criança João se interessava pelas linhas em suspensão. Em certo momento da conversa, Gustavo chama especial atenção para a permeabilidade da arquitetura modernista, que priorizava fundamentalmente o bem-estar da população. De fato, quando se aventurava pelo bairro, era mesmo a satisfação que conduzia João. Ele resgata a experiência com as garagens, que de tão fundas, apavoravam os mais hábeis motoristas, que ao manobrarem, quase batiam em suas colunas.   


"Eu acho que toda ação é produção. Então, eu acho que eu produzia estados de risco, ao flanar e ao adentrar garagens desconhecidas, com rampas e obstáculos" - as saliências e reentrâncias das formas modernistas. A relação de estar em liberdade no veículo formou o futuro bailarino clássico João Saldanha - hoje coreógrafo, mas sempre bailarino. Em janeiro de 2022, João volta aos palcos, em um duo que vai rever sua trajetória, em parceria com a amiga e bailarina Nathalie Collantes, no Théâtre de l’Échangeur, no contexto do Festival Faits D’Hiver, em Bagnolet, leste de Paris.

Atelier de Coreografia

Em 1986, João fundou o Atelier de Coreografia, uma companhia cuja história se mistura com o próprio percurso da dança contemporânea brasileira. Para Gustavo, a dança de João é, ao mesmo tempo, súbita e permanente. Entre a linha e a curva calculada, enfrenta-se o inesperado que acaba levando o corpo para uma situação surpreendente. Com um trabalho caracterizado pela fluência do movimento, suas coreografias lembram um eterno passeio cinético, sob influência das linhas e tensões da arquitetura do Niemeyer, e constantemente em diálogo com a irregularidade e os padrões abruptos da geografia do Rio de Janeiro.

 

Foram 28 coreografias, duas exposições, três peças escritas, bolsas de estudo, prêmios nacionais e internacionais. "Para mim, no tempo em que estou agora, é muito importante rever". Foram inúmeras as parcerias estabelecidas nos mais de 40 anos de companhia. Impossível não mencionar Marcelo Braga, bailarino e companheiro de João por 25 anos, falecido em 2014, vítima de um raro linfoma cutâneo. Doce e instigante, Marcelo era um homem mignon de humor aguçado. Era falante e tinha um jeito irrequieto de se mover e falar. Era desses que fazem associações irreverentes, e marcam presença pelo frescor da inteligência. Marcelo continua presente. E que falta ele nos faz! 

Coreografia-filme xoo – ex ovo omnia (2005). Bailarinos: Marcelo Braga e João Saldanha, na sede do Partido Comunista Francês em Paris, projetado por Niemeyer  | Foto: Nina Fischer

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O encontro com o acidente

“De um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte”. Esse pensamento é de Oscar Niemeyer, mas se faz presente na obra de João, também caracterizada pelo fator surpresa.

 

Eles Assistem e Eu Danço é um solo criado por João para Mônica Burity, em 2005, dentro da série Solos de Dança, do Sesc Rio. Gustavo lembra desse trabalho, que de lá para cá rodou o país, tornando-se uma espécie de cartão de visitas da bailarina. Constantemente em mudança de lugar, eixo ou equilíbrio, a ação de  pressionar o ar é interrompida pelo corte: uma variação rítmica, com ares de imprevisto, faz lembrar a música jazz. Durante toda a coreografia, ouvimos dois surdos marcarem o tempo, enquanto vemos Mônica em um jogo concentrado com a sua partitura. 

 

Gustavo fala que a condição para se tornar bailarino é dominar o premeditado mantendo acesa a relação com o inesperado. E logo lembra da experiência de João no Acre. Mas antes de avançarmos, vale a pena uma visita ao solo de Burity.

Acre

No minuto 20', João conta que sua ida ao Acre é uma memória para a vida inteira. Um dos motivos foi ter participado de rituais primitivos e milenares com os Yawanawá, onde se confrontou com outras "camadas de proporção". "A dimensão do Acre é a da vastidão, tanto para cima quanto para os lados, tudo é imenso. É a Amazônia". 

 

Sobre criar expectativas, João diz que costuma se preparar muito para ver um espetáculo, e isso envolve tentar não criar imagens antes da hora. Isso também aconteceu consigo no Acre. Descer o Rio Gregório em um barco pequeno foi a terceira etapa de uma viagem de circulação pelo Norte, e durou oito horas. A erosão nas margens do rio faz derrubar árvores, e os troncos atravessados se tornam percalços no caminho. Seria impossível tentar prever cada curva desenhada pelas águas. Ali vivem indígenas que comovem por sua gentileza e integridade. "Os Yawanawá estão sempre pensando quatro, cinco gerações depois. Coisa que nós não pensamos. Nós não estamos pensando em nada, nem no agora". 


"O que é uma paisagem chá de boldo?", quer saber Gustavo, fazendo referência a uma expressão criada por João em uma conversa anterior. "Eu acho que é uma paisagem que atravessa os tempos, e que faz você recuar e avançar no tempo. Uma paisagem que está constantemente em transformação - ela não é perpétua -, mas que traz essa possibilidade imensurável da gente pensar numa vida que veio do além e segue no além". Uma paisagem que transcende as existências.

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Aldeia Mutum, no Rio Gregório (AC) | Foto: Sergio Vale

Transiência

Na computação, entende-se como "estado transiente" quando temos dois estados: o inicial "i" e o final "j" (sendo "j" o "estado transiente") em relação, havendo probabilidade de "j" nunca mais ser o mesmo que "i", logo "i" não podendo ser mais revisitado. Luísa Loura, professora da Universidade de Lisboa e doutora em estatística e computação, analisa a transiência de uma forma um pouco mais palatável. Para ela, a palavra "transiência" vai nortear o futuro, porque, em suas palavras, transiente significa exatamente que um processo “tem muitas oscilações, mas está mesmo a mudar de regime” continuamente. O covid-19 é um exemplo disso: nele, a incerteza é tanta que não conseguimos quantificar seu tamanho. O presente já é um "j", e não há como voltar a um mundo pré-pandêmico. 

 

Na entrevista, Gustavo atualiza a palavra transiência para refletir sobre a poética espacial de João. A dança de João lhe evoca a experiência sensorial do passeio: uma vez nela, tudo pode acontecer, mas ao fim, já não se é mais o mesmo. Pode-se tanto ir para frente, quanto para os lados ou para trás. E é na incerteza que se observa o equilíbrio.

 

Se quiserem entender melhor o que significa transiência pela visão de uma cientista portuguesa, conheça o projeto Do Great Things - 4 Leaders, e veja, na íntegra, a entrevista de Luísa Loura.  

Pés

"Quem te conhece tem muito presente na cabeça o teu pé", diz Gustavo, no meio da conversa. Os pés de João, de tamanho 43, são realmente tonificados. Em suas aulas, como relembra o entrevistador, João pede para os bailarinos varrerem o chão usando apenas os pés. "Uma boa varredura sabe oscilar os pés, dependendo das superfícies que estão sendo tratadas". Às vezes, o pé precisa ser raiz, e seu potencial faz dele uma ferramenta muito útil.


Na medicina tradicional chinesa, os pés são entendidos como microssistemas do corpo, ou seja, os principais órgãos estão ali representados, como zonas reflexas pela planta, dorso e laterais. A reflexologia podal chinesa, por exemplo, é uma terapia preventiva e complementar de massagem que consiste na pressão de determinados pontos dos pés, correspondentes às regiões do corpo humano. O corpo está onde estão os pés, já cantou Gilberto Gil.

Puxando o fio da conversa, João recupera a imagem das mãos de Luis Arrieta, coreógrafo argentino radicado em São Paulo. Seu estilo incorpora elementos da dança-teatro e do ballet clássico, e não foge da camada emoção. "Ele tem umas mãos tão surpreendentes, as falanges do dedo dele têm dobradiças, fico sempre fixado em suas mãos". Para João, são nossas especificidades que possibilitam que desenvolvamos nossa arte. 


Vejam abaixo a expressividade das falanges de Arrieta, na coreografia A Morte do Cisne.

O pé do João | Foto: Marcelo Braga

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Heterotopia

Desembaraçando a transiência, chegamos ao conceito de heterotopia: uma geografia humana que conjuga fatores heterôgeneos de forma não hegemônica. Em 1967, quando de passagem pela Tunísia, o filósofo Michel Foucault desenvolveu este conceito ao tentar compreender a complexidade de espaços que são físicos e mentais ao mesmo tempo, e que possuem múltiplas camadas de significação. Navios, estufas e até chamadas telefônica são consideradas heterotopias. As coreografias de João também.

 

Influencia Gustavo uma outra lembrança de quando João era criança: esconder-se no armário da mãe. Hoje em dia, a experiência de entrar e de se esconder no armário de sua mãe, Ruth, é para ele rastro de um erotismo pueril, que se expressava por gostar de se enroscar nas texturas dos tecidos, e no escuro da porta fechada, não ver e só sentir. "Quando a gente é criança, a gente habita essas regiões heterotópicas que são espaços entre, não são espaços que se firmam porque são espaços-estados de sensibilidade, de desejo, de uma série de coisas".

 

Paisagem Concreta

Tudo começa com um olho mágico. Ao adentrar a sala do teatro, o público é convocado a espionar a cena que se esconde por detrás de uma parede.  Os bailarinos já estão dançando, e seus movimentos incluem paragens, caminhadas e curvas. Repetições variantes, proporções fictícias. O silêncio interrompe a paisagem sonora, e se torna concreto. Depois, separados em raias, percorrem o palco, sempre caminhando até o fundo e voltando ao proscênio, aludindo às alteridades que circulam no calçadão de Copacabana. Tempo lento, ações hipnóticas. As faixas mudam de direção - o "i" e o "j", estados transientes. O paisagismo de Roberto Burle Marx move o trabalho, e o final da peça escancara a referência, com a construção coletiva de uma imensa bromélia cênica, ao som de Debussy. "O som é um corpo introdutório". 

 

Olhando pro fora como se fosse um dentro. O que João mais curtia no dispositivo dessa obra era a postura do público: ao olharem pelo olho mágico, pessoas que a priori estariam apenas assistindo são mobilizadas a modelar a imagem. "Gostava de estar na plateia e ver como aqueles corpos, curiosos pro que tinha lá atrás daquela parede, buscavam enxergar". O espetáculo exige cumplicidade da plateia; até pela duração, de mais de 80 minutos, sendo que habitualmente um espetáculo de dança tem 60. Para quem não viu ao vivo, Paisagem Concreta (2010) está no youtube (mas não integralmente).

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Paisagem Concreta (2010) | Bailarinos: Celina Portella, Fernando Blauth Klipel, Jamil Cardoso, Laura Samy e Vivian Miller | Foto: Renato Mangolin

O jardim do João

João vive entre Copacabana e Maricá, um município do Rio de ancestralidade tupinambá, com praias oceânicas, lagoas e maciços. Terra onde Niemeyer nasceu e passou a infância. Na década de 60, um grupo de pensadores de esquerda começou a investir na cidade, apostando na topografia da região. Dentre eles, Darcy Ribeiro e João Saldanha, o pai do nosso João. Maricá é hoje uma "utopia socialista" no Brasil: desenvolve sistema de empréstimo de bicicletas, tem uma moeda própria (Mumbuca), e oferece renda básica incondicional para aqueles que vivem na pobreza. 

É em Maricá que está um dos tesouros mais selvagens de João: seu jardim. Ele diz que tem a paciência certa para se dedicar às plantas. Sua personalidade é afeita à observação. Cuidar de um jardim envolve manter a paz com o passar das horas, contemplando sem pressa ou afobação. Assim João também analisa a própria trajetória: são 40 anos de profissão que passaram como se fossem dias. Sua noção de tempo oscila entre inúmeras lembranças que cimentam e a sensação de presente que inebria. 

 

"Os tapetes persas eram pensados assim: quem não podia ter seu próprio jardim tinha um tapete. O seu próprio Éden". Enquanto conversavam, os pássaros do jardim se manifestaram, e uma cobra se enroscou em uma bromélia do gramado. Deve morar por ali e João nem sabia. Os animais silvestres são bem-vindos e já são íntimos do jardim. Dançar com a natureza é sempre uma possibilidade. 

Um naco do jardim | Foto: Juliano Colodetis

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Continue acompanhando Um rádio na Paisagem.
Logo voltamos com mais episódios e assuntos transversais. 

Até mais!

Concepção, direção artística e entrevistas: Gustavo Ciríaco

Artistas entrevistados: Ana Pi, Bruno Levorin, João Saldanha, Laura Lima, Luciana Lara, Marcelo Evelin, Maya Da-rin e Michelle Moura

Comunicação, produção executiva e redação: Priscila Maia

Edição de som e música: Fabiano Araruna

Web Design e programação visual: Marina Lutfi

Desenhos: Gonçalo Lopes

Administração - Mídias Sociais: Mariana Marques

Produção: Dos Voos – Soluções em Arte e Design

Apoio: THIRD - Amsterdam University of the Arts

Realização: Sesc SP

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