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SÉRIE 2 - #2

06nov2021 11h02

A floresta febril

Um Rádio na Paisagem é um podcast concebido e dirigido pelo coreógrafo Gustavo Ciríaco, e esta semana traz o episódio A Floresta Febril, uma entrevista com a artista visual e cineasta Maya Da-Rin. Aqui, vamos destrinchar alguns dos tópicos levantados na conversa.

Redação: Priscila Maia

No 2º episódio da 2ª série de Um Rádio na Paisagem, convidamos Maya Da-Rin para falar sobre a influência que as florestas têm em sua poética. Maya é carioca, e é olhando para o bosque vizinho à sua casa que vem criando nos últimos anos. "Árvores diferentes, com cores de verdes diferentes". Da janela de seu escritório, Maya imagina filmes que nos lançam na vertigem das 'existências mínimas'.

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Maya Da-Rin | Foto de divulgação

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Janela

Um coreógrafo curioso encontra uma cineasta generosa. Já é de praxe entrarmos nos temas pelas lembranças da infância. Neste caso, tanto a de Gustavo quanto a de Maya foram vividas no Rio de Janeiro, cidade onde os prédios se misturam com a mata atlântica. Maya nasceu e passou seus primeiros anos de vida morando em uma casa em Santa Teresa, bairro suspenso e conhecido pelo bondinho amarelo, que ainda circula pelos trilhos. 

 

Depois, mudou-se para um apartamento, e por conta disso, sua experiência "sempre foi atravessada por uma certa limitação espacial". Ela foi criança nos anos 80, momento em que os prédios cariocas ganharam grades. O urbanismo estava impregnado pelo medo, e era a segurança que pautava as decisões condominiais. Suas memórias remetem ao interior, cuja "relação com o espaço exterior era sempre atravessada pela janela, pela vista da janela, pelo que estava do outro lado". 

Escalas

No imaginário, também estão os jardins do MAM, onde comumente costumava brincar. O museu, obra projetada pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy e marco da arquitetura moderna, tem jardins que banham a Baía de Guanabara, e diariamente recebe visitantes em busca de fruição e cultura. Obra do paisagista Roberto Burle Marx, o jardim penetra na paisagem do museu através de sua fachada envidraçada, promovendo integração entre o exterior e o interior. 

 

"Eu lembro que a gente brincava muito de escutar os nossos ecos, e as nossas vozes sendo projetadas naquele espaço". O plano térreo do MAM é um imenso vão livre de uma construção que atualiza todos os cinco pontos fundamentais da arquitetura modernista. A sugestão da abóbada de um teto levemente arqueado, sustentado por colunas em 'V', trata o segundo piso como superfície sonora. Ali, o som se amplifica. 

 

Jogos vocais também foram experimentados por outra Maya - desta vez, a artista Maya Dikstein. Em 2017, no contexto da ArtRio, com o projeto Vão, realizado para/no pilotis do MAM, Dikstein colocou um grupo de performers para combinar gestos e práticas vocais.  

O relato de Da-Rin evidencia que o propósito modernista deu certo. Livre e aberto ao outro, o pilotis do museu não oferece fronteiras aos caminhantes, que são impelidos aos jardins contíguos, e também ao jogo e ao lazer. "Quando você é criança, essas escalas são muito mais impositivas e imponentes na sua experiência do espaço". Podem definir a sensibilidade de uma vida. 

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Pilotis do MAM, em 2007 | Foto: Thiago Leitão

Viagens

"Por outro lado, eu sempre viajei muito na minha infância. Eu viajava muito com a minha mãe, com meu pai e com a minha avó". De novo, as janelas. Ver o mundo através de um recorte. Não seria essa uma boa definição a dar de cinema, caso um turista alienígena se esbarrasse contigo pela Terra? 

 

Com o pai, Maya curtia as cachoeiras de Penedo e Mauá, região sul do estado do Rio, parte do Parque Nacional de Itatiaia. Gostavam de subir o rio juntos, escalando pedras e enfrentando os desafios da floresta. "Eram durante as viagens que eu experenciava a relação do corpo implicado no espaço, e sendo também tocada por esse espaço". Vem das viagens seu entendimento de liberdade: "uma relação mais física e corpórea com os espaços". 

 

Mata

“A floresta é inteligente, ela tem um pensamento”. O contato com a natureza da mata atlântica significou uma verdadeira "abertura de mundos, de outros mundos, de outras vivências". "Acabava não podendo viver na cidade da mesma maneira". 

 

Com a mãe e a avó, Maya lembra de viajar de avião para o Paraná, mais exatamente para a fazenda da família, próxima à Guarapuava, onde costumava passar as férias. Neste contexto, teve seu primeiro contato com a agricultura, através do cultivo de milho, trigo e soja. "Eram outras práticas que vinham também de uma forma de cultivo familiar, que ia sendo passada de geração a geração pela família da mãe da minha avó". 

 

Além dos ranchos, pastos e fazenda agrícolas, o sul do país é marcado pelos capões de mato, remanescentes de mata, floresta ou cerrado, "com lindo tapete e grama, lugar que o angico e o cedro fazem morada". São como ilhas de mato que despontam, de quando em quando, alterando a monotonia da paisagem. Eram nos capões que Maya interagia com "os pequenos seres da floresta", em mais uma de suas brincadeiras com as escalas. 

Capão de mato

| Foto: Acervo Três Passos News

Filme novo

Maya Da-Rin está escrevendo atualmente o roteiro de Canção da Noite, longa-metragem de ficção contemplado com o prêmio de desenvolvimento do Hubert Bals Fund, e  com a Bolsa Paradiso, do Instituto Olga Rabinovich. No filme, uma menina de sete anos, filha de trabalhadores de uma fazenda de soja, convive com uma senhora indígena guarani, e a relação delas é definida pela noite. A garota é sonâmbula, e os indígenas têm explicações mitológicas para a origem da noite.

Em parte influenciada por suas memórias de infância, Maya se diz impressionada com a mudança que percebeu, em 2016, no interior do Paraná. Fazendas menores se tornaram grandes propriedades de agronegócio, e os capões foram sumindo para dar vez à monocultura. São outros usos da terra, com "outras presenças e com muitas ausências". No caso de Canção da Noite, o sonambulismo é um dos efeitos desse estado de coisas: a protagonista é contaminada por agrotóxicos presentes na água, e tem seu sono totalmente alterado.

 

Foi essa transformação que motivou seu novo projeto, que está muito no início ainda, mas já tem uma história. "É um pouco um encontro dessas duas coisas: de algumas memórias que vêm da infância (...), mas também de outros encontros que eu tive, de outras experiências que vieram mais tarde". 

 

A falta de luz abre brechas para a imaginação. O mistério se densifica e faz sugerir que há algo mais a ser visto. Isso já pode ser visto em A Febre (2019), longa-metragem que impulsionou a carreira de Maya internacionalmente. Gustavo quer saber como é a noite para Maya, já que reiteradamente ela é uma espécie de personagem em sua poética. 

 

Noite

"Eu sempre fui muito notívaga na minha vida. Eu sempre trabalhei mais de noite, gostava de escrever à noite. Eu costumava dormir às vezes 4h, 5h da manhã escrevendo porque era um horário em que de certa forma o mundo ao meu redor parava". Maya gosta da frequência sossegada da noite. Acredita que é a parte do dia em que consegue encontrar a solidão necessária para seu processo criativo. 

Para o povo tukano do noroeste amazônico, a origem da noite está ligada a Ñami Soda ou Ñamiri Sota, o Dono do Caraná e também o Dono da Noite e do Sono - caraná entendido, genericamente, como palmeiras, folha e colmo. Para os tukano, a noite não está apenas destinada ao descanso e ao sono, mas também ao mundo dos animais e espíritos perigosos, intrigas, brigas, sonhos ruins, feitiçaria, gula, preguiça, e por mim, a morte. Por tudo isso, a noite exige vigilância e demanda ser tratada com o mais profundo respeito. É destinada às histórias sagradas e à aprendizagem dos encantamentos xamânicos para afastar infortúnios e doenças.

 

Ainda que prefira a noite para criar, hoje em dia, Maya não consegue mais abdicar dela para dormir. Mãe de trigêmeos pequenos, e casada com uma pessoa diurna, teve que aprender a acordar todos os dias às seis da manhã. "Durmo com as galinhas, e com as crianças". Mesmo assim, percebe a forte presença da noite em seus trabalhos, assim como do crepúsculo e dos sonhos. "Quando a gente deixa de enxergar, outros sentidos passam a estar mais abertos. Eu acho que a gente fica também com a nossa própria limitação, do que a gente pode ou não ver, o que a gente pode ou não compreender". 

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Frame do filme A Febre (2019), dirigido por Maya Da-Rin

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Margem

No documentário Terras (2009), Maya acompanhou o ritmo que existe na região chamada de Três Fronteiras, entre Brasil, Colômbia e Peru, mais especificamente nas cidades gêmeas Letícia (CO) e Tabatinga (BR). Ali, forma-se uma ilha urbana no meio da floresta amazônica, difícil de ser delimitada. 

 

O filme começou a ser desenvolvido em 2005, época em que Maya esteve na Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de Los Baños, a EICTV, em Cuba, e teve muito contato com outros realizadores da América Latina. Surgiu ali a vontade de filmar a borda do país: um filme a partir dos trânsitos diários que muitas pessoas fazem na fronteira. Taxistas, barqueiros, curandeiros e indígenas que mantém contato assíduo com as cidades. 

 

"Toda a demarcação do nosso território foi demarcada em cima de um mapa. Um mapa numa época em que ainda se conhecia muito pouco daquele território". O povo ticuna, por exemplo, do alto do Rio Solimões, teve sua terra totalmente atravessada pela fronteira. Vivem muitas dificuldades por terem que lidar com as legislações de dois países, uma vez que esse tipo de delimitação não faz nenhum sentido para sua cosmovisão. 

 

Na mesma época, Maya acabou realizando também um outro filme, chamado Margem (2007), "no qual a questão da paisagem também é muito presente". Em seu site, Maya conta que "a margem é que se revela diante da câmera à medida que os passageiros divagam sobre um território de múltiplas feições e em constante transformação". Feito durante dois dias e três noites em uma embarcação que navega pelo rio Amazonas, em direção à cidade peruana de Iquitos, Margem só mostra o que acontece no barco. Por conta dessa escolha, "a paisagem ribeirinha, aquele território ribeirinho, está sempre se descortinando na frente da câmera de certa forma como uma paisagem". 

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Frame de Margem (2007), filme de Maya Da-Rin

Singularidade

"A gente vê a floresta como uma massa verde e de certa forma indiscernível, enquanto que para as pessoas que vivem na floresta não tem nada de uniforme naquela paisagem, naquilo que a gente chama de paisagem. Aquilo é constituído por pura diferença". Há muita beleza nas palavras de Maya, e em como ela respeita a especificidade da visão de mundo dos povos originários.

 

Inclusive, questiona se o conceito de paisagem faria sentido para aqueles povos, que enxergam como sujeitos, e não objetos, cada pequena presença da floresta, seja ela animal ou vegetal. "O que para gente pode ser visto como paisagem, pras pessoas que vivem ali é uma diversidade gigantesca de vida, com toda sua complexidade e com toda sua rede de relações". 

 

Foi através da banda sonora que Maya procurou expressar a profundidade das (inúmeras) relações, físicas e espirituais, que se dão no espaço da floresta. Onde tudo está interligado com tudo, e onde as vidas dependem intrinsecamente umas das outras.

 

Horizonte de Eventos

Você sabe o que são os buracos negros? Segundo o fabuloso mundo do youtube, os buracos negros são pontos do espaço onde a gravidade é extremamente forte - tão forte que nem a luz consegue escapar de sua força. É como se fosse um "intenso puxão gravitacional", que parte do centro do buraco, entendido como singularidade, ou 'ponto que concentra uma densidade impressionantemente alta de matéria' de bilhares de massas solares.  Neste ponto, as leis conhecidas hoje pela física sequer são válidas.

Em 2012, Maya realizou a vídeo-instalação Horizonte de eventos, produzida pelo Le Fresnoy Studio National des Arts Contemporains, de Tourcoing, norte da França. O que o público vê, em loop, é resultado da 'mixagem' que Maya realiza a partir de sua errância pela cidade de Marselha, onde a obra foi filmada, por uma câmera monitorada por GPS. Não há  sincronicidade entre o que se vê e o que se escuta, pois o que se ouve vem do que Maya comunica aos satélites (GPS), enquanto caminha à deriva. Em muitos momentos, ela inclusive deixa de ser visível. 

"É uma vista que se ouve", como diz Gustavo. Corpo, câmera e GPS formam um sistema de "código bruto, motor, ação e reação". "O sistema é regido pela regra da tradução, da conversão, da decodificação: a transformação delirante de um pedaço de informação em outra".

Para a física, horizonte de eventos, também conhecido como 'ponto de não-retorno', é a fronteira, imaginária e imaterial, ao redor de um buraco negro - ponto do espaço de imensurável força gravitacional, como já mencionado.  Um observador de fora do horizonte de eventos não pode ver o que se passa além dessa fronteira imaginária. Assim como, no trabalho de Maya, o visitante da vídeo-instalação não consegue ver o que ele escuta. É um paradoxo... e artistas adoram um paradoxo.

Frame da vídeo-instalação Horizonte de Eventos (2012)

Frame de Horizonte de Eventos.jpeg

Som
 

"Não é à toa que o áudio vem na frente do visual quando a gente pensa no audiovisual". Nesta observação repousa uma verdade: o som chega antes. Se há um incêndio, é recomendado criar 'fogo', assim como para evitar um esbarrão, gritamos para alertar alguém. Para Maya, o som é parte valorosa da sua poética, inclusive já na fase da escrita. 

 

"A importância do som é muito presente em todos os trabalhos que fiz até hoje. Muito da construção dos sentidos, da construção de narrativas, se dá pelo som". Em Horizonte de eventos, por exemplo, Maya se propôs a ser vigiada, mas como encontrou obstáculos no caminho, nem sempre era vista pela câmera monitorada por satélite. Entretanto, o som captado está sempre presente, e como diz a cineasta, a  "travessia é acompanhada através do som". 

 

Burlar os algoritmos. Maya gosta de pensar que essa obra evidencia a falibilidade do sistema de GPS. "Eu acho que nesse trabalho, é o som que dá horizonte à imagem. É o som que traz essa profundidade da experiência para a imagem". 

A Febre

No último longa lançado por Maya, A Febre, muitas das cenas envolvendo o protagonista, são faladas em tukano, língua mater do ator Regis Myrupu. Justino, um indígena desana de 45 anos, trabalha como vigilante no porto de cargas de Manaus mas, de uma forma misteriosa, começa a ter febres que lhe fazem resgatar a aldeia de onde partiu. Justino vive entre mundos: a vida em Manaus e a floresta que traz consigo.

 

Maya se interessa pelas densidades da ameríndia brasileira. Na marca do 42'58'', conta sobre a escolha da língua tukano para o filme. No norte do Amazonas, na região de São Gabriel da Cachoeira, fronteira com Venezuela e Colômbia, o tukano foi tomado como língua franca, sendo natural para pessoas de diversas etnias. Os atores do filme são dali, mas mesmo sendo de povos diferentes, por serem exogâmicos, acabaram adotando uma mesma língua para se comunicar.

 

"Talvez a parte mais importante dos projetos que eu faço é a parte de desenvolvimento, de pesquisa. São projetos que normalmente têm um tempo longo de desenvolvimento e de pesquisa". Maya cria a partir das colaborações que estabelece, desde a fase do roteiro, através de aproximações e afastamentos com os lugares a serem narrados. 

 

No caso de A Febre, as últimas versões do roteiro foram criadas nos ensaios, junto ao elenco, partindo de improvisações em português, já que Maya não fala tukano. "Até que em um dado momento, os atores levavam a cena para o tukano, faziam esse trabalho de transcriação". Perder o controle dos sistemas de criação. Uma hipótese na qual Maya gostou de apostar.

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A Febre | Foto de divulgação

Manaus

"Para viajar basta existir". A poética de Maya está vinculada ao viajar, e quem sabe existir a leve às viagens. Sem a limitação das janelas, como tinha quando menina, Maya conheceu outros mundos, o que ampliou sua cosmovisão de forma incontornável. Talvez por isso, para ela seja tão difícil construir um filme na frente do do computador, para um tela em branco. 

"Os projetos são muito colaborativos no sentido de que são esses encontros e essas conversas que vão nutrindo, alimentando e dando sentido a essas histórias. Talvez por isso que os relatos, a oralidade e a contação de histórias sejam algo tão presente". 

 

Manaus definiu A Febre. Foram muitas as viagens de desenvolvimento, com Maya e seu colaborador de roteiro Miguel Seabra, discutindo roteiro e se deixando levar pelas descobertas locais. Perceber a relação das pessoas com o Rio Amazonas, que de tão largo chega a parecer o mar, só foi possível pela vivência no lugar. Maior rio em volume de água do mundo, o Rio Amazonas nasce em Manaus, como combinação dos afluentes do Rio Negro e do (barrento) Solimões.  

 

No final do século XIX, com o apogeu do ciclo da borracha, a cidade se desenvolveu a ponto de ser chamada de 'Paris dos Trópicos'. Ganhou serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, teatro, energia elétrica e água encanada, além de um porto flutuante, com movimento internacional de barcos dos mais variados portes. Virou referência no campo das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública. Nada que faça lembrar das mortes por covid, em janeiro de 2021.

 

"A cidade de Manaus foi se expandindo muito desde a criação do polo industrial durante os anos 60, com a zona franca de Manaus (...), e com isso, a cidade também foi crescendo na direção da floresta, ela foi se expandindo sobre a floresta". A cidade foi construída em concreto, de costas para a floresta e para os saberes dos povos originários. Vem deste incômodo a febre de Justino.

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Porto de Manaus | Foto: Cristiano Mascaro

Conversas

 

Quando você conta, também escuta. Fazemos curvas como os sons. A compreensão se faz nessa dinâmica, com a presença de respeito em quem fala e em quem escuta. Quando viajamos, é de bom tom observar com olhos e ouvidos.

 

A entrevista termina com o compartilhamento de um sonho, ou como diz Gustavo, "de uma paisagem que ainda não está em um filme". Para que possamos sonhar esta noite - do dia em que escutar este episódio. 

 

"Eu tenho muito um desejo dos sonhos táteis. Da possibilidade de tocar. Tocar o mundo, e claro, tocarmos uns aos outros". 

Still da filmagem de A Febre  | Foto de divulgação

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E até a próxima paisagem, caminhantes!

Concepção, direção artística e entrevistas: Gustavo Ciríaco

Artistas entrevistados: Ana Pi, Bruno Levorin, João Saldanha, Laura Lima, Luciana Lara, Marcelo Evelin, Maya Da-rin e Michelle Moura

Comunicação, produção executiva e redação: Priscila Maia

Edição de som e música: Fabiano Araruna

Web Design e programação visual: Marina Lutfi

Desenhos: Gonçalo Lopes

Administração - Mídias Sociais: Mariana Marques

Produção: Dos Voos – Soluções em Arte e Design

Apoio: THIRD - Amsterdam University of the Arts

Realização: Sesc SP

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